sexta-feira, 4 de novembro de 2011



Na tentativa de adivinhar o futuro, jogo a moeda pra cima e escolho a coroa, a possível coroa da minha princesa. Quem disse que ela é minha? Quem disse que lá dentro quem cresce é ela? Ninguém. Só eu aqui dentro. Falo coroa pro meu coração que me lembra que não acredito em adivinhação. Acredito em Deus e para o Todo Poderoso suplico uma informação : 

- Senhor, na próxima ecografia, deixa eu ver se é menino ou menina? 


No mínimo, Deus ri. Ri por ser um cara maneiro e que entende que a mãe é filha e do mesmo jeito que ela ouve os pedidos gemidos de vontades, ela geme e espreme os olhos pra pedir alguma coisa também.

A expectativa, na verdade, não é determinante pra nada. Talvez, pro dinheiro,né?!E quem não precisa dele? A maior expectativa dela é só saber, ainda que venha qualquer informação. O coração da mãe se divide em várias partes, mas como dizem, sempre cabe mais um. Mais uma preocupação.

Num pedacinho lá no fundo, bem guardado, ela guarda o namorado, o pai do menino, o marido. Em outro, o bebê pequeno que já é grande e que já ganha em breve um irmão ou uma irmã. Já, já. Num outra parte ela guarda o pedaço do bebê menor ainda. Uma pessoa de 7 cm que pode ser um, pode ser outro. O resto é dela. É segredo. Não conta pra seu ninguém não.

No final das contas, com a risada de Deus, a única coisa que resta dela é a vergonha. No fundo Ele sabe que o que ela quer é uma coisa só: que ele chegue. Um bom parto e vida pra você, bebê. Ela diz essas besteiras de coroas e sapatilhas de balé por dizer. Ela não tem coragem de trair o que ainda não sabe. Só Deus pode conhecer tão bem alguém. E ele a conhece. Como eu disse, ele ri e não responde. Ela que espere...esperar é bom pra ela.

beijos

Um comentário :