terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mentir ou não mentir



Outro dia olhando o site da Crescer me deparei com a seguinte enquete: Você já mentiu alguma vez para outra mãe sobre a maneira como cria seu filho?

Bom, como diria o velho ditado popular " a mentira tem perna curta" e nessa caso, as pernas são curtinhas mesmo. Não rola de mentir a respeito da rotina da criança, seus hábitos e suas atitudes. Se você mentir, as pequenas pernas te denunciam, te expoem. Pequenas pernas, pequenos braços, aquelas pequenas bochechas gordinhas...

Mas falando em mentira, outro dia me deparei com um dilema. Gaelzinho estava dando a maior birra por conta da bicicleta que o vovó Lindo deu pra ele. O menino queria levá-la pra casa e para amenizar a "encrenca", alguém disse a ele que pegariamos a bicicleta "daqui a pouco". Não parece nada de mais, certo? O único problema é que não faríamos isso e o coisinha se lembra de cada coisa que nós prometemos.
Uma das coisas que eu mais admiro na minha mãe é que ela sempre tentou, em todas as situações, ser o mais sincera possível comigo e com os meus irmãos. Isso,a verdade, é extremamente valiosa pra mim.

Então, Gaelzinho , muito esperto, olhava para os avós com aqueles olhos de gato de botas do Sherek e choraaaava.

Reflita comigo.

Se eu sustentasse a mentira, o menino iria parar de chorar, certo?! Em compensação, não iria ter a bicicleta.Eu sou meio careta mesmo. Não gosto de contar mentiras pro meu filho. Daí, eu disse:

- Filho, olha que legal. Você tem duas bicicletas. Uma na sua casa e outra na casa do vovó Lindo. Se você levar as duas bicicletas para sua casa, não vai ter uma pra andar quando for na casa do vovó. Você não tem brinquedos lá?! A bicicleta vai ficar lá guardada pra você.

Pronto. O mulequinho parou de chorar. É claro que nem todas as vezes é facil assim. Sustentar a verdade pode ser muito difícil mesmo. Mas assim, pelo menos, sinto que estou preparando ele para algumas frustações durante a vida, para vários "nãos", para crescer.

Mais que isso, sabe. Eu espero que nesse mundo maluco, quando o assunto for a verdade, meu filho possa sempre contar comigo. Pelo menos conosco: seus pais.

Beijos

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