Um menino dormindo e outro na
frente da TV. Um marido na cozinha comendo e uma mãe imóvel sentada na cadeira
pensando. Pensando a respeito do que?
Vai a mente pelo nada, penso quase sobre o tudo. Olhando fotos antigas me pergunto: Sou eu ainda nesse retrato que existe? Existo? O corpo cansado e a respiração difícil diz que sim.
Vai a mente pelo nada, penso quase sobre o tudo. Olhando fotos antigas me pergunto: Sou eu ainda nesse retrato que existe? Existo? O corpo cansado e a respiração difícil diz que sim.
Quando é que vão inventar alguma
coisa que renove o ânimo e as energias sem que se precise dormir? Quando, meu
Deus?! Podia ser ontem pra eu pode gozar o hoje, mas não! Resolveram ficar
discutindo no presente a possível extinção do bacon. Eu adoro bacon. Só acho
que esse santo remédio pra levantar o corpo seria mais importante....talvez.
O corpo não é mais o mesmo. Ainda
está inteiro, mas não corre mais uma maratona. Aliás, não corre nem até o portão da casa 25. O
negócio dele é fazer a cabeça pedir pra dormir e dormir, hoje, custa caro.
É preciso deixar várias coisas
para depois: Casa, meninos, roupas, textos, leituras...Quem troca? Troco sim.
Por oito possíveis horas de sono seguidas. Quem sabe?!
Existo?! Sim, mas quem sou? Sou
mais quem: eles ou eu? Mãe ou mulher? Filha ou aluna? Humana ou um robozinho?
Um pouco automática, sim. Não menos sensitiva. Sempre pensativa.
Alguém acordou. Deixa eu ir! Depois conversamos mais....