segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
Sobre Sentir
Juro. Quase sempre consigo sentir o coração dele bater quando coloco a mão na minha barriga. Bate forte. Me faz sentir viva. Não que eu não esteja, sabe. O negócio é que o meu próprio coração, esqueço, em alguns momentos, que bate. Não costumo colocar a mão no peito para senti-lo. Só respiro e isso já quer dizer que ele está lá.Vivo.
Esse outro coração que bate é diferente. A cada dia ele muda seu toque. Tem horas que é um tic e um tac que me lembra que estamos quase perto de se conhecer. Nas outras, bate pra me trazer alguma esperança. Sonhos de outros dias. Um jeitinho menina.
Acordo feliz, almoço estressada e vou dormir chorando. Tem gente que diz que isso é normal. Os médicos. O coraçãozinho me diz: calma. Fica tranquila. Tô aqui com você. Sentindo você.
Não entendo nada de música não, mas pra mim esse bate-bate desse coração vem sambando sentindo na mão uma música linda no ouvido. Bate e mistura com o som do chocalho que sinaliza que vou ter um pequeno em casa. Outra vez.
Se Gael traz alegria, Levi, pra mim é um sambinha gostoso que traz: aconchego.
Nem sempre dá pra ouvir a música que eles trazem pra gente. Nem sempre não. Mas eles trazem. Quando penso neles, quando esqueço que o cansaço só faz parte. Bom mesmo é lembrar do gosto, do sentir e do que eles são. Nossos. Sinto a música.
Beijos
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
IMC das grávidas
Sempre leio as matérias da Crescer e olhando o site da revista achei a seguinte opção para clicar: IMC DAS GRÁVIDAS.
Nesse link você vai calcular quantos kg vai pode ganhar na gravidez, ainda que todo mundo saiba que o ideal sejam apenas 9 kg.
De acordo com o meu resultado ainda posso ganhar mais 9kg!
É brincadeira,né?! Só que dá um certo alívio ver que você não está tão descontrolada assim.
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De acordo com o meu resultado ainda posso ganhar mais 9kg!
É brincadeira,né?! Só que dá um certo alívio ver que você não está tão descontrolada assim.
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Esse é o chuchu |
- Gael, qual é sua fruta preferida?
-Ah, mãe. Eu gosto de chuchu. (Tudo ele diz "Ah" no começo)
-Filho, mas chuchu não é fruta. Você gosta mais de acerola, amora, maça ou perinha?!
-Mãe, mas eu gosto de chuchu. Já disse.
Só esse menino pra gostar tanto assim de chuchu. Menino estranho.
A primeira visita ao dentista
Dizem os especialistas da Sociedade Brasileira de Pediatria, no livro Filhos, que a primeira visita ao dentista deve feita a partir dos 2 anos de idade, ou antes, caso o pediatra encontro alguma coisa errada dentro da boquinha do seu filho. Bom, eu resolvi levar o Gael ao dentista pela primeira vez essa semana com ele com 2 anos e 8 meses. Preciso confessar que é bem raro um criança que seja saudável, pelo menos aparentemente, ser levada ao médico com muita frequência. Uma coisa que alguns pais fazem, mas que poucos assumem é que eles só levam os filhos ao médico quando alguma coisa, de fato, está errada.
Eu não vou negar. Faço parte desses pais malucos que vemos por aí e claro, o motivo para o Gael ter ido ao dentista foi o escurecimento de um dos dentes da frente. No começo deste mês percebi que o dentinho da frente dele, um deles, estava um pouco mais escuro que seu vizinho. Como não achei familiar o nome dos dentes da frente, vamos dizer que são os dentes da Mônica. Um deles, mas do Gael, estava mais escuro. Marquei o dentista.
Chegando lá, antes do menino sentar na cadeira da dentista ela pergunta onde ele bateu o dentinho ou se ele lembra onde caiu. Pronto! Não estou louca. Tem alguma coisa no dente desse menino. Até então eu ficava falando disso e sempre era ignorada. As pessoas sempre diziam: É dente de leite. Tá. Nem por isso deixou de ter alguma coisa errada lá.
Para minha surpresa que sou uma mãe bastante obcecada por escovar os dentes, Gael está cheio de plaquinhas que demonstram uma escovação não tão boa feita diariamente. E isso, quando falado a uma mãe obcecada por escovar os dentes, não é a coisa mais legal de se ouvir. Enfim, quando tia Kátia termina explica a razão do dente do menino está assim:
- Olha, mãe. Isso aqui foi uma queda com certeza e teve uma hemorragia interna (Estamos falando de dentro do dente) como o sangue tem muito ferro acaba escurecendo o dentinho, mas o que você precisa observar a partir de agora é se a gengiva dele vai escurecer. Se isso acontecer, a gente vai ter que fazer um canal, mas é possível que o organismo absorva esse sangue que saiu ali e com isso, ele não precisará fazer nada.
Ah, que legal. Lá em casa todo mundo tem orgulho de ter dentes fortes e de ter tido a primeira cárie com 18 anos. Meu filho terá que fazer um canal com apenas 2 anos. Me faço de louca e pergunto a mesma coisa que todas as pessoas do mundo gostariam de saber.
- Mas num é de leite?!
E me sinto uma retardada. Tia Kátia sorri e diz que é sim. O único problema é que o dente de leite só começa a cair com 6 anos de idade. Até lá se as coisas não ficarem boas, Gael poderá sentir muita dor com o dente escuro.
A dentista também aproveitou o momento para falar da escovação dele. Ela explicou que como a criança nessa idade é muito inquieta é praticamente impossível fazer uma escovação excelente e que o jeito de tratar dos dentes é cuidando da alimentação. Farinhas e doces, principalmente as grudentas jujubas, devem ser evitados mesmo. Como isso é quase impossível de proibir já que quase todo ser humano que quer conquistar uma criança tira um doce da bolsa, o ideal é dar após o almoço. E não, nunca um pacote de jujuba. Se for oferecer a criança é melhor que seja uma só.
Em relação aos alimentos liberados ela lembra das frutas com casca e explica que isso vai ajudar a desenvolver a fala do menino. Até os 4 anos de idade, eles precisam mastigar mesmo para trabalhar a fala e a acertar a mordida. Com isso, dar alimentos mais durinhos pode ajudar. Por isso é bom dar maça, que ajuda a fazer a higiene da boquinha, carnes mais durinhas para forçar a mastigação também. Outra coisa que ela recomendou são as barrinhas de cereais. Podem ajudar bastante na mastigação e são ricas em fibras que são bacanas para o intestino.
Aproveitei a oportunidade e chamei a minha mãe para ouvir a explicação da dentista. Achei bastante esclarecedora. Aqui em casa evitamos muitas coisas. Raramente ele come porcarias, mas tenho uma certa dificuldade para fazer quem está próximo dele entender isso. O problema não é dar uma vez. A questão é que algumas pessoas oferecem isso para ele constantemente e isso, sinceramente, torra a paciência.
O Gael ficou na sala e mesmo fazendo de desentendido ouviu cada palavra da dentista. A prova veio 3 dias depois. Sexta-feira.
Abro a porta de casa e tem uma caixa de bombons na mesa. Vejo que a formiga número 1, que chamo de pai da criança, já detonou boa parte do açúcar que estava dentro dela. Vejo o menino brincando em volta da mesa e pergunto:
- Filhote, quer um bombom. (Tava lá na cara dele. Fiquei com dó dele não comer, mas quero deixar claro que quase nunca mesmo dou qualquer coisa do tipo pra ele)
- Não, mãe. A tia disse que não pode.
-Uai, filho. Só um. A mamãe dá um chocolate pra você. Não tem proble...
Ele me corta antes de terminar.
- Mãe, a tia disse que não pode por causa do meu dentinho.
O pai do menino grita da sala:
- Ele não quer. Pode parar de insistir!
Conclusões:
1. É interessante levar o menino ao dentista!
2. É interessante trazer a dentista pra morar na sua casa? (Cara, que poder! A mulher fala uma vez, ele nem presta atenção direito e recusa um chocolate. Isso é muito sério.)
3. É interessante se mudar para o consultório da dentista para fazer o menino obedecer todas as outras regras da casa???????????
Talvez....
Beijos
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Sobre Sentar
Um pai chama a atenção da filha no shopping:
- Senta! Senta direito igual uma princesa.
E eu fico de longe olhando a cena e pensando só nos meus dois meninos e o que dizer para eles sentarem direito.
- Filho, senta! Senta direito igual ao super-homem. O batmam jamais teria essa postura. O Júlio do Cocoricó senta direitinho.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
O desafio de dar
Muitas mães deixam para depois o insistir que seus filhos sejam melhores
Sempre, desde muito pequena, fui criada com a ajuda dos outros. Eu e os meus dois irmãos. Meus pais passaram por muitas dificuldades, por muitos motivos. A gente sempre recebia dos amigos da minha família roupas, minha mãe um tempo vendeu bolo e pão de queijo pra complementar a renda, enfim, tivemos que aprender a não ter o último modelo de nada, nem os brinquedos que estavam na TV e as roupas que recebíamos não eram, muitas vezes, do nosso tamanho. Lembro dos meus irmãos usarem roupas que eram de uma tia minha. Era o que tínhamos e não foi fácil isso. Fomos muito zoados por isso.
Hoje, aqui na minha casa, as coisas são um pouco diferente. Quando o Gael fez um ano tivemos a oportunidade de ir aos Estados Unidos e lá comprei várias coisas pra ele. Roupas legais e brinquedos muitos bacanas também. Mas como a gravidez do Gael não foi planejada, não estávamos na melhor situação financeira possível durante esse período e uns meses após seu nascimento. Mas os dias estão melhores, sim. Graças à Deus.
Onde quero chegar? Mesmo com a realidade que passei quando criança, tive que assumir que a consciência do esforço, do lutar por alguma coisa e do dar não foi passada pelo meu sangue para o Gael. E olha que de tempos e tempo fazemos um verdadeiro limpa nos brinquedos que ele tem. Damos muitas e muitas coisas mesmo e ainda assim, ele luta contra o dar, doar.
Não acho que doação seja dar brinquedos velhos e estragados, por exemplo. Acho que temos que perceber que nosso filho, provavelmente, tem muito mais que a gente teve e do mesmo modo que eles recebem coisas boas e novas, devem aprender a dar as coisas à altura.
Algumas mães que conheço, talvez, achem esse discurso nada a ver já que estamos falando de bebês. Eu não e me incomoda muito meu filho se recusar a se desfazer de alguma coisa, chorar horas por alguma coisa que foi tirada dele e mais, se recusar até a dividir seus brinquedos com alguém.
Volto à pergunta: Onde quero chegar? O momento de aprender a ser bondoso e generoso é já, pessoas. É hoje mesmo. Não significa ter que tirar um caminhão de coisas da sua casa pra isso, mas de insistir e reprovar qualquer atitude egoísta do seu filho.
Sei que para muitos, talvez, essa história toda esteja totalmente fora de contexto. “Ah, meu filho não vai viver o que você viveu”, “eu trabalho pra dar o melhor pra ele mesmo” e etc... Mas não se trata apenas de fazer o tipo que cumpre o “doar” uma vez por ano por ser bonito. Estamos falando de caráter, cara. Caráter.
Se não conseguirmos corrigir isso agora, com 2 ou 3 anos, quem dirá quando eles forem maiores...
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